Há
muito que Maria Jesús Galán tinha a paixão das tecnologias: e foi por
essa paixão que, no passado, venceu a renitência das irmãs de convento
com a compra de um computador, que haveria de servir de ponto de partida
para a digitalização de quase todo o arquivo local.
Com o
aparecimento da Internet, Galán foi ainda mais longe e passou a ter o
secular hábito de navegar na Net e tirar partido do potencial das redes
sociais.
Ao cabo de 35 anos de vida conventual, a paixão pelas
tecnologias tornou-se, por fim, a derradeira paixão de Galán - pelo
menos enquanto freira. Tudo porque as irmãs de convento não aceitaram de
ânimo leve a desenvoltura cibernética da religiosa de 54 anos, que já
tinha ganho um prémio pelo trabalho desenvolvido na Internet e começou a
granjear popularidade e seguidores no Facebook e afins.
Na
passada terça-feira, Maria Jesús Galán anunciou na conta pessoal do
Facebook que tinha sido expulsa do convento pelo delegado da Vida
Religiosa e a madre prioresa. Na mensagem de despedida, é feita uma
acusação contra as colegas quenianas, que alegadamente terão pressionado
os órgãos dirigentes do convento.
Na Internet, multiplicaram-se
as manifestações de apoio à ex-freira, que já se inscreveu no centro de
emprego e já estabeleceu como objetivo de vida algumas viagens que a
vida de clausura dificilmente poderia permitir, informa o ABC.
Apesar da exposição mediática, o gabinete do arcebispo de Toledo optou por não comentar o caso.