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| Assunto: Moody’s baixa a nota da dívida espanhola Qui Mar 10, 2011 9:02 am | |
| [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] A Moody's diz que duvida das capacidades do Governo espanhol para reestruturar as finanças RTP A agência de notação financeira Moody’s anunciou hoje que decidiu baixar em um nível a nota da dívida soberana de Espanha de Aa1 para Aa2. A Moody’s diz que continua a encarar com ceticismo as capacidades do Governo espanhol para melhorar a economia do país e avisa que poderão estar na calha mais cortes do “rating” do país. No final de setembro de 2010 a agencia de “rating” já tinha retirado a sua nota máxima “Aaa” à dívida espanhola e em dezembro, anunciou que encarava a possibilidade de voltar a baixar o “rating” por causa “das elevadas necessidades de financiamento para 2011” de Espanha .
Segundo afirmava então a Moody’s, esse facto tornava o país “suscetível a novos períodos de tensão para se financiar no mercado”.
A Moody’s adianta, em comunicado, que a decisão hoje anunciada se deve a dois fatores. O primeiro deles, o sentimento de que “o custo eventual de uma restruturação bancária ultrapassará as atuais previsões do Governo, levando a um novo aumento do endividamento público”.
Em segundo lugar: “as inquietações persistentes da Moody’s sobre a capacidade do Governo espanhol para realizar o necessário melhoramento estrutural e durável das finanças governamentais”.
A Moodys’ adianta que a razão desta desconfiança se deve “aos limites do controle do governo central sobre as finanças dos governos regionais e ao contexto de crescimento económico que será apenas moderado a curto e a médio prazo”.
Sistema bancário O anúncio da Moody’s surge no mesmo dia em que o Banco de Espanha se prepara para tornar públicas as necessidades de recapitalização dos bancos e caixas de poupança espanholas para conseguirem corresponder às novas exigências bancárias das autoridades em termos de solvência.
As estimativas sobre o valor global que o setor irá necessitar divergem. O Governo de Madrid prevê que sejam de 20 mil milhões de euros, mas o cálculo é considerado demasiado otimista pelo mercado, onde algumas avaliações das necessidades bancárias espanholas chegam a atingir os 50 mil milhões de euros.
A própria Moody’s, na sua avaliação de hoje, estima essas necessidades em cerca de 40 a 50 mil milhões de euros.
Em consequência da queda do rating o principal indicador da bolsa espanhola, Ibex 35, abriu hoje a cair 1,13 por cento para 10.440 pontos.
Antes tinha sido a GréciaApesar de tudo o “Aa2” hoje conferido à dívida espanhola continua a representar uma boa classificação, ao contrário do que aconteceu na segunda-feira, quando a mesma agência baixou em três níveis a notação da Grécia, de Ba1 para B1 e anunicou antever futuros cortes.
O nível B1 conferido à dívida grega corresponde oficialmente a uma dívida com “falsa segurança de reembolso a longo prazo” e é descrita nos mercados como respeitante a dívida “altamente especulativa”, o que deixa a Grécia com uma classificação semelhante à da Bolívia e da Bielorrússia.
Seguir-se-à Portugal ?Para a dívida portuguesa a Moody's tem atualmente uma notação de A1, mas em finais do ano passado anunciou que o 'rating' está a ser revisto, com vista a um possível corte de um ou dois níveis.
Caso se materialize o pior cenário, a dívida de Portugal passará a ter uma avaliação de A3, um valor que ainda se encontra na faixa “alta/média” correspondente a “um baixo risco na concessão de crédito”, mas que tem presentemente elementos “que sugerem uma suscetibilidade de vir a ter problemas a longo prazo.
Na escala utilizada pela agência segue-se o valor dos B, que já configura, um "risco médio alto".
Para avaliar as contas públicas portuguesas, uma equipa da Moody’s chegou a Lisboa em finais de fevereiro.
Segundo o Diário Económico, a agência decidirá se baixa o rating da dívida pública portuguesa até 21 de março, quando terá lugar o Conselho Europeu da primavera. |
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