Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Olhanense, André
Villas-Boas assumiu que o compromisso do FC Porto é o de vencer nas
próximas cinco jornadas, pois se tal acontecer muito dificilmente o
título fugirá aos dragões.
Sem perder há um ano, num longo
percurso que começou com Jesualdo Ferreira em Olhão, após uma goleada
sofrida em Alvalade, o FC Porto quis começar da melhor forma a primeira
das cinco jornadas.
A equipa entrou com vontade de marcar cedo e
Hulk era o jogador que mais remates fazia à baliza de Ricardo Batista,
de forma a dar vantagem ao FC Porto e quebrar com o actual jejum de
golos, que já dura um mês. O início de jogo foi apenas uma réplica do
que foi a partida e a verdade é que os azuis e brancos conquistaram os
três pontos, Hulk não marcou, mas o internacional brasileiro foi
fundamental. No Algarve, Hulk teve momentos de brilhantismo e ficou
provado que com Falcao no meio e Hulk numa das alas quem ganha é a
equipa.
A forma como Hulk amorteceu a bola para o grande golo de
Belluschi foi, talvez, o momento de maior brilho do avançado que
regressou às boas exibições, e nesta apenas faltou o golo que tanto
procurou, mas que Ricardo Batista, que também esteve em bom plano, foi
evitando como pôde.
A jogada do golo de Belluschi aconteceu aos
67 minutos e aí o FC Porto quebrou com o empate, que teimava em
permanecer, mas muito por culpa do Olhanense, que jogaram de forma
organizada e segura. Os algarvios, segundo palavras de Daúto Faquirá
antes da partida, tinham nos azuis e brancos o teste mais difícil da
temporada para tentar manter a invencibilidade caseira. Não passaram no
teste mas deixaram uma boa imagem e não merecem nota negativa do ponto
de vista exibicional.
A turma de Olhão raramente incomodou
Helton, é certo, mas também não se remeteu apenas a jogar à defesa e
contribuiu para um grande jogo de futebol, obrigando o FC Porto a puxar
dos galões para sair do Algarve com os três pontos na bagagem. Três
pontos que permitem à equipa de Villas-Boas manter, pelo menos, os oito
pontos de vantagem sobre o Benfica.
A conquista dos três pontos
começou com o grande golo de Belluschi aos 67 minutos e foi confirmada
apenas três minutos depois por Falcao, que voltou aos golos no dia em
que regressou aos jogos da liga.
Foram três minutos fatais para o
Olhanense mas que, por ter sido nesse período que os golos aconteceram,
dão total justiça ao resultado. Resultado esse que acabou em 3-0, com
Falcao a bisar já dentro do período de compensação, deitando por terra o
registo de invencibilidade caseira do Olhanense no campeonato, prova na
qual o FC Porto não perde há um ano.