[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Nos cinco meses que se seguiram à menor taxa de desmatamento da
Amazônia em 23 anos, o ritmo das motosserras na floresta voltou a
crescer. Os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe) indicaram aumento de 11% no abate de árvores entre agosto e
dezembro de 2010, comparado ao mesmo período do ano anterior.
Captado pelos satélites do sistema Deter, mais rápido e menos preciso,
os números não permitem afirmar, por ora, que houve reversão na
tendência de queda do desmatamento, registrada por dois anos
consecutivos. Mas os dados já deixam a área ambiental do governo em
alerta.
"Onde há fumaça, há fogo. Mas vamos ter de esperar um pouco mais para
ver se houve reversão da tendência de queda do desmatamento", avalia
Mauro Pires, diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento do
Ministério do Meio Ambiente. A preocupação maior é com os meses de seca
na Amazônia, quando o ritmo das motosserras costuma, tradicionalmente,
crescer. "A partir de março, a situação fica mais complicada e o Deter
já sinaliza a preocupação".
Entre agosto e dezembro do ano passado, os satélites registraram o
abate de 1.267 km² de floresta, o equivalente a 85% da área da cidade de
São Paulo. No mesmo período de 2009, o mesmo sistema havia captado o
desmatamento de 1.144 km².