Qualquer pessoa que tenha um gato já deve ter, pelo menos uma vez, ficado olhando abobado como e sobe e baixa a língua para conseguir levar água até a boca. Uma equipe de quatro engenheiros do MIT, a Universidade de Princeton e Virginia Tech decidiu levar sua curiosidade além e realizaram um estudo biomecânico da forma do gato beber água, mediante fotografia de alta velocidade.
O estudo, publicado pela revista Science, conclui que o método se baseia em um delicado equilíbrio entre duas forças opostas, a gravidade e a inércia. A ponta da língua do gato curva-se ligeiramente até roçar a superfície do líquido e é então quando se dobra a toda velocidade arrastando uma boa quantidade de líquido para acima.
Os engenheiros, fizeram uma espécie de robô para simular o movimento da língua do gato e a coluna de água que levanta, assim comprovaram que as lambidas são produzidas quatro vezes por segundo -muito rápido para que o olho humano veja alguma coisa- e a uma velocidade de 1 metro por segundo.
A ideia da pesquisa ocorreu ao doutor Stocker há três anos, no MIT, enquanto via seu gato Cutta Cutta bebendo água. Acostumado a aplicar a física ao mundo biológico, Stocker perguntou-se que problemas hidrodinâmicos estavam relacionados a língua do gato. De modo que consultou seu amigo Pedro Reis, especialista em mecânica de fluídos, e puseram mãos à obra.
Ao final decidiram comparar a frequência de lambidas do Cutta Cutta com a dos grandes felinos e concluíram que a frequência depende da massa corporal do animal. Desta forma, criaram uma fórmula que foi colocada a prova e se mostrou funcional: a frequência da lambida deve ser o peso do animal elevada a -1/6 e multiplicado por 4,6. Portanto anotem esta fórmula em local de fácil localização pois poderá salvar o mundo amanhã.