Uma equipe internacional de cientistas descobriu as bases genéticas da obesidade depois de identificar 18 novos genes associados com a obesidade em geral -e o Índice de Massa Corporal (IMC)- e 13 vinculados à distribuição de gordura -relação cintura-quadril (RCC)-. Os estudos, publicados na Nature Genetics, baseia-se em dados de mais de 200 mil participantes, o que a converte na maior e mais importante pesquisa genética de um traço humano realizada até a data.
- "Nosso objetivo final é explicar por que cada pessoa tem uma suscetibilidade diferente à obesidade", assegura Joel Hirschhorn, do Instituto Broad do MIT e Harvard, integrado dentro do consórcio GIANT que envolve mais de 400 cientistas de 280 instituições de todo o mundo.
O local onde a gordura se armazena não é um assunto trivial. As pessoas que tendem a acumular gordura na zona abdominal possuem um maior risco de sofrer problemas cardiovasculares e diabetes que as que acumulam tecido adiposo nos quadris. De fato, os odiados "pneuzinhos" são bom um indicador para medir o risco de sofrer um infarto.
Conhecer as zonas do genoma que determinam se a gordura se deposita na cintura ou nos quadris, e entender por que existem claras diferenças neste sentido entre homens e mulheres, tem um grande interesse biológico e médico, segundo a coautora do estudo Cecilia Lindgren, da Universidade de Oxford, que conclui que 7 dos 13 novos genes descobertos em relação com a relação cintura-quadril têm maior efeito nas mulheres.
A obesidade é uma patologia que se converteu na segunda maior causa de morte evitável, somente após o fumo, nos países desenvolvidos.