João
Barros, coordenador da parceria entre a universidade dos EUA e o estado
português, recorda que a avaliação efetuada pelo painel de
especialistas internacional superou a expectativas: "Dos 10 primeiros
projetos de investigação nasceram vários produtos, como a interface
homem/máquina criada na Universidade da Madeira para o Meo; as soluções
do Drive In para os táxis do Porto; ou o sistema que deteta eventos em
redes elétricas da Feedzai".
O responsável pela parceria, que é
também professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
(FEUP), refere ainda que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior já deu indicações para a elaboração da proposta de renovação da
parceria. "Nesta primeira fase, que termina em 2011, conseguiu-se criar
uma comunidade. Numa segunda fase teremos de fazer algo diferente".
Em
equação, está a vinda de investigadores e professores da CMU para as
universidade portuguesas. João Barros admite que as verbas disponíveis
não permitiram contemplar todos os candidatos, o que obrigou a deixar de
fora da parceria projetos classificados com "Muito Bom". Pelas contas
de coordenador da parceria CMU/Portugal, seriam necessárias quatro vezes
mais dinheiro para apoiar todos os candidatos.
Apesar das
limitações financeiras, João Barros sublinha que a participação de
empresas privadas (a EDP acaba de aderir ao programa) tem vindo a
crescer: "Em 2009, a participação privada estava avaliada em seis
milhões de euros. Hoje, os recursos materiais, técnicos e humanos e os
investimentos financeiros das entidades privadas já chegam aos 12,4
milhões de euros".
Na segunda ronda de apresentação de projetos,
destaque para o desenvolvimento de novos sistemas de vigilância,
arquiteturas que facilitam a integração de diferentes famílias de
software, novas redes de sensores, sistemas que melhoram a eficiência
energética de centros de dados e novas abordagens no que toca às redes de sensores.