[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Flor de Lotus da Tailandia
A flor-de-lótus (Nelumbo nucifera), também conhecida como lótus-egípcio,
lótus-sagrado e lótus-da-índia, é uma planta da família das ninfáceas
(mesma família da vitória-régia) nativa do sudeste da Ásia (Japão,
Filipinas e Índia, principalmente).
Olhada com respeito e
veneração pelos povos orientais, ela é freqüentemente associada a Buda,
por representar a pureza emergindo imaculada de águas lodosas. No Japão,
por exemplo, esta flor é tão admirada que, quando chega a primavera, o
povo costuma ir aos lagos para ver o botão se transformando em flor.
Lótus é o símbolo da expansão espiritual, do sagrado, do puro.
A
lenda budista nos relata que quando Siddhartha, que mais tarde se
tornaria o Buda, tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete
flores de lótus cresceram. Assim, cada passo do Bodhisattva é um ato de
expansão espiritual. Os Budas em meditação são representados sentados
sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação
(dhyana) está simbolizada pelas flores de lótus completamente abertas,
cujos centros e pétalas suportam imagens, atributos ou mantras de vários
Budas e Boddhisattvas, de acordo com sua posição relativa e relação
mútua.
Do mesmo modo, os centros da consciência no corpo humano
(chacras) estão representados como flores de lótus, cujas cores
correspondem ao seu caráter individual, enquanto o número de suas
pétalas corresponde às suas funções.
O significado original deste
simbolismo pode ser visto pela semelhança seguinte: Tal como a flor do
lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo sua
flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando
imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a
mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades
(pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da
ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro
néctar radiante da consciência Iluminada (bidhicitta), a incomparável
jóia (mani) na flor de lótus (padma). Assim, o arahant (santo) cresce
além deste mundo e o ultrapassa. Apesar de suas raízes estarem na
profundidade sombria deste mundo, sua cabeça está erguida na totalidade
da luz. Ele é a síntese viva do mais profundo e do mais elevado, da
escuridão e da luz, do material e do imaterial, das limitações da
individualidade e da universalidade ilimitada, do formado e do sem
forma, do Samsara e do Nirvana.
Se o impulso para a luz não estivesse
adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o
lótus não poderia se voltar em direção à luz. Se o impulso para uma
maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no
estado da mais profunda ignorância, nem mesmo num estado de completa
inconsciência um Iluminado nunca poderia se erguer da escuridão do
Samsara.
A semente da Iluminação está sempre presente no mundo, e do
mesmo modo como os Budas surgiram nos ciclos passados do mundo, também
os Iluminados surgem no presente ciclo e poderão surgir em futuros
ciclos, enquanto houver condições adequadas para vida orgânica e
consciente.
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